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Presidente iraniano Hassan Rohani deseja fazer uma aliança com o Vaticano

O objetivo é retomar o diálogo entre as religiões islâmica e cristã



Hassan Rohani acrescentou que a Santa Sé e o Irã têm "inimigos comuns", como o terrorismo e o extremismo, e "objetivos similares", como o desejo de superar a injustiça e a pobreza, relatou a agência. O novo núncio, que apresentou no último domingo suas credenciais, expressou o desejo de que os dois Estados possam trabalhar juntos para resolver crises regionais no Oriente Médio, especialmente o conflito em curso na Síria, de acordo com a Fides.

O ministro das Relações Exteriores iraniano, Mohammad Javad Zarif, insistiu que, dada a forte presença de grupos extremistas no terreno, "a situação das minorias religiosas na Síria, como cristãs, são motivo de preocupação para nós". Ansioso para sair do isolamento, o Irã lançou uma grande ofensiva marcada por várias aberturas, incluindo diplomáticas, desde a eleição do presidente Rohani. A aproximação com os Estados Unidos, o reconhecimento da realidade do Holocausto, o progresso na questão nuclear... A abertura para a Santa Sé também serve para fortalecer o Irã no cenário internacional, dada a popularidade do Papa Francisco.

A Santa Sé e os teólogos xiitas da Universidade de Qom mantém há tempos um diálogo caloroso e frutífero, muito mais substancial do que entre a Igreja Católica e várias autoridades sunitas. E na Síria, os xiitas e suas comunidades minoritárias, como os alauítas, são geralmente favoráveis ao governo, assim como os cristãos, contra os extremistas sunitas muitas vezes financiados pelas monarquias do Golfo.