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Autoridade Palestina pede que França envie relatório sobre morte de Arafat

Especialistas suíços consideraram razoável a possibilidade de que o líder histórico tenha sido envenenado.

Ramallah - O ministro palestino da Justiça, Ali Mhana, pediu nesta sexta-feira que a França envie seu relatório sobre as amostras biológicas extraídas de Yasser Arafat, depois que especialistas suíços consideraram razoável a possibilidade de que o líder histórico tenha sido envenenado.

"Até o momento não recebemos nenhuma resposta da parte francesa. Enviamos uma nova carta aos franceses, na qual pedimos que acelerem o envio dos resultados, que continuamos esperando", declarou Mhana em uma coletiva de imprensa em Ramallah. "Desde o início, os franceses nos disseram que não podem enviar os resultados até que haja uma cooperação judicial franco-palestina", disse o ministro.



Na mesma coletiva de imprensa, o chefe da comissão palestina de investigação, Tawfiq Tirawi, declarou que a "França sabe toda a verdade e os detalhes sobre o martírio de Yasser Arafat".

Tirawi também afirmou que Israel "é o principal e único suspeito no caso do assassinato de Yasser Arafat", acrescentando que a comissão palestina se baseia nas conclusões dos relatórios médicos suíço e russo.

Na quinta-feira em Lausanne, os especialistas suíços que analisaram os restos mortais e os objetos pessoais de Yasser Arafat consideraram que a tese do envenenamento era a mais coerente, sem poder afirmar categoricamente que isto causou sua morte.

As análises forenses não confirmaram ou desmentiram que o polônio tenha sido a causa da morte do líder palestino, mas indicam que uma terceira parte esteve envolvida, anunciaram na quinta-feira os especialistas suíços, que mediram dose até 20 vezes superiores às habituais.