Washington - Seis das maiores empresas tecnológicas dos Estados Unidos convocaram o Congresso a exercer mais controle sobre a Agência de Segurança Nacional (NSA), de modo que haja mais transparência nas atividades de vigilância e que a privacidade seja protegida.
Em uma carta dirigida a uma comissão do Senado, Google, Apple, Microsoft, Facebook, Yahoo! e AOL celebraram a entrada do Freedom Act no Tribunal de Vigilância da Inteligência Estrangeira dos Estados Unidos (FISC, em inglês), dirigido a acabar com a grande coleta de registros telefônicos e a aumentar a proteção da privacidade.
"Revelações recentes sobre as atividades de vigilância geram grandes preocupações tanto nos Estados Unidos quanto no exterior", afirma a carta dos gigantes tecnológicos.
As empresas afirmaram que uma maior transparência pode "ajudar a combater os relatórios errôneos no sentido de que concedemos às agências de inteligência acesso direto aos servidores de nossas empresas ou que estamos participando de um grande programa de coleta de registros da internet".
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"A transparência é um primeiro passo chave em um debate público informado, mas está claro que será necessário fazer mais. Nossas companhias creem que as práticas de vigilância governamentais também devem ser reformadas para incluir melhorias substanciais na proteção da privacidade e para melhorar os mecanismos de supervisão e prestação de contas adequados nos programas", acrescenta.
A carta datada de quinta-feira e dirigida à comissão de Justiça do Senado é divulgada dias após a imprensa afirmar que a NSA teve acesso a importantes links que conectam os centros de dados do Yahoo! e do Google em todo o mundo.
O The Washington Post, que cita documentos obtidos pelo ex-consultor da NSA Edward Snowden e entrevistas com funcionários, disse que o programa pode reunir dados de centenas de milhares de contas de usuários, incluindo os americanos.
O projeto do Freedom Act proposto pelo senador Patrick Leahi e pelos representantes James Sensenbrenner e John Conyers, com outros co-patrocinadores, foi elogiado por muitos ativistas de direitos digitais.