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Congresso dos Estados Unidos adota passo tímido contra escutas

Segundo o projeto da democrata Dianne Feinstein, seriam criados mecanismos de controle dos programas de Inteligência que serviriam para contrabalançar o peso do governo

A Comissão de Inteligência do Senado americano aprovou nesta quinta-feira (31/10) um tímido projeto de reformulação das atividades de vigilância eletrônica dos serviços de espionagem, após o escândalo provocado pelas revelações do ex-consultor de Inteligência Edward Snowden.

O texto, cujo resumo foi publicado pela Comissão, será submetido ao Senado e à Câmara de Representantes nos próximos meses, e alguns legisladores estão dispostos a lutar pela proibição da vigilância eletrônica em massa envolvendo dados pessoais por parte da Agência Nacional de Segurança (NSA).

Segundo o projeto da democrata Dianne Feinstein, que até o momento defensora do trabalho da NSA, seriam criados mecanismos de controle dos programas de Inteligência que serviriam para contrabalançar o peso do governo.

Também estão previstas medidas para aumentar a transparência, impondo aos serviços secretos que informem ao Congresso qualquer violação da lei cometida por seus agentes.



Mas o texto está longe de terminar com as escutas em massa dos órgãos de Inteligência dos EUA e com o programa da NSA denunciado por Snowden em junho passado.

O programa, que permite controlar as comunicações eletrônicas (sem gravá-las) será objeto de maior regulamentação, mas não suprimido.