Jornal Correio Braziliense

Mundo

Polícia chinesa admite ataque terrorista na Praça da Paz Celestial

Um carro em chamas invadiu o local na última segunda-feira (28/10); cinco pessoas foram presas

Dois dias depois de um carro em chamas invadir a Praça da Paz Celestial, em Pequim, a polícia chinesa comentou oficialmente o caso e classificou o incidente de ;ataque terrorista;. Por meio de um comunicado, as autoridades confirmaram a prisão de cinco pessoas pertencentes à etnia uigur, identificadas como militantes islamistas da região de Xinjiang, no norte do país. Elas estariam envolvidos na preparação do ataque, executado por três extremistas de mesma origem, que morreram no local. De acordo com a mídia estatal chinesa, estavam no carro o motorista, Osmane Hassan, a mulher e a mãe. O último balanço oficial indica que uma turista filipina e um turista chinês, da província meridional de Guangdong, morreram no ataque, que deixou pelo menos 40 feridos.

Leia mais notícias em Mundo


A polícia encontrou galões de gasolina, facas, barras de metal e uma faixa com uma ;mensagem religiosa extremista; no veículo incendiado. No local em que os suspeitos estavam hospedados, foram apreendidas facas e uma bandeira jihadista. ;As prisões foram feitas 10 horas depois do incidente, identificado como um ataque terrorista;, destacou a rede estatal CCTV, por meio de um microblog. Apesar da grande repercussão internacional, a mídia chinesa não aprofundou o assunto. O comunicado oficial limitou-se a informar que ;esse foi um violento ato terrorista, cuidadosamente planejado e organizado;. Sem anunciar detalhes da investigação, a polícia não deixou claro porque demorou mais de um dia para anunciar as detenções e não especificou o teor das mensagens consideradas extremistas.

Tensões

A região de Xinjiang ocupa área equivalente a 17% do território chinês e abriga grandes reservas de petróleo e de gás. A maior parte de sua população é formada pela minoria uigur, que tem o turco como idioma dominante e segue um braço moderado do islamismo sunita. Desavenças entre eles e a etnia predominante no país, os han, são antigas, mas a tensão sectária se intensificou nos últimos anos. A migração de chineses han para a província, disparidades econômicas e políticas locais consideradas repressoras e preconceituosas contra a cultura uigur são as principais causas de atrito.

A matéria completa está disponível aqui, para assinantes. Para assinar, clique aqui.