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Ex-presidente argentino Fernando de la Rúa nega corrupção em tribunal

Buenos Aires - O ex-presidente argentino Fernando de la Rúa negou nesta quarta-feira que tenha pago suborno para reformar a lei trabalhista, em depoimento ao tribunal que o julga por corrupção.

"Nada disto ocorreu, este fato não existiu", afirmou De la Rua, presidente entre 1999 e 2001, rejeitando o pagamento de suborno a senadores em 2000, segundo o Infojus, site do ministério da Justiça.

Advogado, De la Rúa fez sua própria alegação, na qual chamou de "calvário" seu processo judicial.

"Treze anos exigem uma explicação e que a sentença ponha um ponto final neste calvário", disse o ex-presidente, perguntando como se "repara o mal causado às instituições, ao governo" e a sua família.

No início de outubro, a promotoria pediu seis anos de prisão para De la Rúa "como coautor do crime de corrupção ativa", além de uma suspensão de seis anos dos direitos políticos do ex-presidente.

A reforma trabalhista, que eliminou direitos dos trabalhadores, era exigida pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) para manter sua ajuda financeira durante a gestão de De la Rúa.

O processo foi iniciado a partir da denúncia de Mario Pontaquarto, ex-secretário administrativo do Senado, que revelou à Justiça ter transportado uma mala com cinco milhões de dólares em subornos por ordem de Fernando de la Rua.