Representantes do alto escalão do serviço de inteligência e da Chancelaria da Alemanha se reúnem nesta quarta-feira (30/10) com autoridades dos Estados Unidos para esclarecer as denúncias de espionagem de cidadãos alemães, inclusive, a chanceler Angela Merkel, cujo telefone celular teria sido grampeado. O encontro ocorrerá no mesmo dia da reunião entre os norte-americanos e a delegação da União Europeia que está no país também para discutir a questão.
[SAIBAMAIS]O assessor em Política Externa da Alemanha, Christoph Heusgen, e o coordenador de Inteligência alemão, Gunter Heiss, se encontram com a conselheira em Segurança dos Estados Unidos, Susan Rice, com o chefe de Inteligência, James Clapper, e com a assessora sobre Contraterrorismo, Lisa Monaco. Eles deverão discutir a escala do programa de espionagem norte-americana em território alemão e, em especial, o monitoramento das comunicações da chanceler Angela Merkel.
O governo alemão já havia expressado insatisfação em relação à possibilidade de interceptação dos telefonemas de Merkel e declarou que, se confirmados, os atos serão uma séria quebra de confiança entre os países.
O diretor da Agência Nacional de Segurança (NSA) dos Estados Unidos, Keith Alexander, informou que as informações da imprensa internacional sobre espionagem aos aliados europeus são "completamente falsas". O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, chegou a negar à própria Angela Merkel que o celular dela tenha sido interceptado.
Os aliados dos Estados Unidos na Europa estão inquietos desde as denúncias de que os norte-americanos teriam monitorado chefes de Estado do continente e milhares de franceses, espanhóis e alemães.