"O que a história nos ensina é que, após uma crise como essa, não se pode recuar. O presidente Assad pode, portanto, contribuir para a transição entre a Síria de antes, que é a de seu pai (o presidente anterior, Hafez al-Assad) e a sua, que eu chamo de nova República da Síria", havia afirmado. Além disso, seu porta-voz afirmou que Brahimi "aprecia o papel do reino saudita para fazer o processo de paz avançar e espera que Riad participe da conferência de Genebra-2".
Na terça-feira (29/10), a imprensa libanesa havia indicado que Brahimi havia criticado "o papel (da Arábia) Saudita, que dificulta uma solução política". Após as declarações de Brahimi na terça-feira, a Coalizão Nacional da Oposição síria, que se negou a participar da conferência se a renúncia de Assad não for colocada sobre a mesa, insistiu que "o problema real é o regime de Assad e não pode formar parte da solução".
"O regime busca fazer o conflito perdurar (...) para manter indefinidamente (seu) poder", denunciou, pedindo que todas as partes, incluindo Brahimi, "pressionem o regime para obrigá-lo a aceitar as demandas do povo sírio". Em terra, "o Crescente Vermelho evacuou 500 civis de Moadamiyat al Sham", um subúrbio de Damasco, indicaram os rebeldes desta cidade. "Todas as partes - a Coalizão Nacional (opositora), o regime e a comunidade internacional - participaram" da operação, acrescentaram.
"A oposição aceitou relutantemente esta operação de evacuação, já que conhece os riscos que as pessoas evacuadas correm". "Os deslocados serão transferidos a acampamentos organizados pelo regime, de acordo com o Crescente Vermelho", acrescentaram os rebeldes.