Viena - O chefe dos negociadores do Irã para a polêmica questão nuclear iraniana defendeu nesta segunda-feira (28/10) uma "nova abordagem" com a AIEA, no momento em que várias discussões estão previstas para preparar a reunião na próxima semana em Genebra com o grupo "5%2b1".
"Acreditamos que é hora de adotar uma nova abordagem para resolver os problemas entre o Irã e a AIEA", declarou Abbas Araghchi antes de uma reunião com o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica, o japonês Yukiya Amano, em Viena, sede da agência da ONU.
Ele reiterou que o programa nuclear do Irã é "pacífico e sempre será pacífico". A AIEA "pode desempenhar um papel muito construtivo no sentido de garantir que o mundo permaneça pacífico", ressaltou.
O diretor-geral da AIEA considerou, por sua vez, que as negociações são "uma oportunidade muito importante para um progresso real". Yukiya Amano não quis fazer comentários após a reunião com o iraniano.
Araghchi, entretanto, afirmou que o encontro foi "muito útil e construtivo". "Espero que possamos conseguir um bom resultado", acrescentou ele, referindo-se à reunião entre a AIEA e o Irã, prevista para a tarde.
A AIEA, que monitora regularmente as atividades nucleares do Irã, vem tentando há quase dois anos chegar a um acordo sobre as questões ainda pendentes apresentadas em seu relatório de novembro 2011.
Nesse documento, a agência da ONU apresentou uma lista de evidências de que o Irã havia trabalhado no desenvolvimento da bomba atômica antes de 2003 e, talvez, após este período, principalmente na base militar de Parchin, perto de Teerã, a qual a agência solicita acesso.
Os países ocidentais exigem que o Irã facilite o acesso da agência as suas bases para um controle maior de suas atividades nucleares, embora a República Islâmica rejeite categoricamente querer desenvolver armas nucleares.
O Irã afirma manter um programa nuclear com fins puramente pacíficos e quer enriquecer urânio para fins civis e médicos.
Esta é a 12; reunião entre a AIEA e o Irã. As primeiras dez reuniões, entre o início de 2012 e maio de 2013, não registraram progressos significativos, enquanto a última, em 27 de setembro, foi considerada "muito construtiva" pela agência.
Outra reunião entre especialistas iranianos e das potências do grupo "5 %2b1" (os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU - Estados Unidos, Rússia, China, França, Grã-Bretanha - mais a Alemanha) está marcada para quarta e quinta-feira.
As negociações em Viena programadas para esta semana devem ajudar a preparar a reunião em Genebra entre o "5 %2b1" e o Irã, prevista para 7 e 8 de novembro.
O contexto parece um pouco mais favorável, após a ofensiva diplomática iniciada em setembro pelo novo presidente do Irã, o moderado Hassan Rohani, e sua nova equipe de diplomatas.
Hassan Rohani chegou a telefonar para o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, no primeiro contato direto entre os líderes dos dois países desde a Revolução Islâmica de 1979. Além disso, os líderes da diplomacia iraniana, Mohammad Javad Zarif, e americana, John Kerry, reuniram-se durante a Assembleia Geral das Nações Unidas.
"Acreditamos que é hora de adotar uma nova abordagem para resolver os problemas entre o Irã e a AIEA", declarou Abbas Araghchi antes de uma reunião com o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica, o japonês Yukiya Amano, em Viena, sede da agência da ONU.
Ele reiterou que o programa nuclear do Irã é "pacífico e sempre será pacífico". A AIEA "pode desempenhar um papel muito construtivo no sentido de garantir que o mundo permaneça pacífico", ressaltou.
O diretor-geral da AIEA considerou, por sua vez, que as negociações são "uma oportunidade muito importante para um progresso real". Yukiya Amano não quis fazer comentários após a reunião com o iraniano.
Araghchi, entretanto, afirmou que o encontro foi "muito útil e construtivo". "Espero que possamos conseguir um bom resultado", acrescentou ele, referindo-se à reunião entre a AIEA e o Irã, prevista para a tarde.
A AIEA, que monitora regularmente as atividades nucleares do Irã, vem tentando há quase dois anos chegar a um acordo sobre as questões ainda pendentes apresentadas em seu relatório de novembro 2011.
Nesse documento, a agência da ONU apresentou uma lista de evidências de que o Irã havia trabalhado no desenvolvimento da bomba atômica antes de 2003 e, talvez, após este período, principalmente na base militar de Parchin, perto de Teerã, a qual a agência solicita acesso.
Os países ocidentais exigem que o Irã facilite o acesso da agência as suas bases para um controle maior de suas atividades nucleares, embora a República Islâmica rejeite categoricamente querer desenvolver armas nucleares.
O Irã afirma manter um programa nuclear com fins puramente pacíficos e quer enriquecer urânio para fins civis e médicos.
Esta é a 12; reunião entre a AIEA e o Irã. As primeiras dez reuniões, entre o início de 2012 e maio de 2013, não registraram progressos significativos, enquanto a última, em 27 de setembro, foi considerada "muito construtiva" pela agência.
Outra reunião entre especialistas iranianos e das potências do grupo "5 %2b1" (os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU - Estados Unidos, Rússia, China, França, Grã-Bretanha - mais a Alemanha) está marcada para quarta e quinta-feira.
As negociações em Viena programadas para esta semana devem ajudar a preparar a reunião em Genebra entre o "5 %2b1" e o Irã, prevista para 7 e 8 de novembro.
O contexto parece um pouco mais favorável, após a ofensiva diplomática iniciada em setembro pelo novo presidente do Irã, o moderado Hassan Rohani, e sua nova equipe de diplomatas.
Hassan Rohani chegou a telefonar para o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, no primeiro contato direto entre os líderes dos dois países desde a Revolução Islâmica de 1979. Além disso, os líderes da diplomacia iraniana, Mohammad Javad Zarif, e americana, John Kerry, reuniram-se durante a Assembleia Geral das Nações Unidas.