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Birmanesa Suu Kyi e papa expressam 'sintonia fundamental' em encontro

A reunião, que durou 20 minutos na biblioteca do palácio papal, permitiu que o papa "mostrasse o apreço pelo compromisso não-violento da opositora pela paz e a democracia"

Cidade do Vaticano - O papa Francisco e a Prêmio Nobel da Paz birmanesa Aung San Suu Kyi expressaram sua "sintonia fundamental" sobre a paz e a democracia em um encontro nesta segunda-feira (28/10), indicou o Vaticano. A reunião, que durou 20 minutos na biblioteca do palácio papal, permitiu que o papa "expressasse o seu apreço pelo compromisso não-violento da opositora pela paz e a democracia", que também corresponde a suas próprias prioridades, declarou o porta-voz da Santa Sé, padre Federico Lombardi.



Este é o primeiro encontro entre Suu Kyi e o novo papa, e intervém no âmbito de um giro europeu que a secretária-geral da Liga Nacional para a Democracia (LND), o principal partido da oposição birmanesa, realiza. Aung San Suu Kyi é uma das figuras mais respeitadas na Ásia, em um país onde os católicos são uma pequena minoria (cerca de 1% da população) e onde as tensões religiosas, especialmente entre os budistas e os muçulmanos, são motivo de preocupação enquanto as divisões étnicas continuam latentes.

O Vaticano e Mianmar não têm relações diplomáticas. O catolicismo foi implantado no país no século XIX por missionários, especialmente em áreas remotas do nordeste. O papa quer reviver a missão católica nas periferias, e uma das prioridades da Igreja é o continente asiático, onde o catolicismo é minoritário, mas dinâmico e em expansão. Francisco deseja, segundo o padre Lombardi, viajar nos próximos anos à Ásia, embora não tenha planos concretos.