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Acusados do 11 de Setembro pedem transparência sobre prisões

Após suas detenções, em 2002 e 2003, os cinco homens passaram três anos em prisões secretas da CIA no exterior

A defesa dos acusados dos ataques de 11 de setembro de 2001 pediram nesta sexta-feira que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, torne públicas as informações sobre o programa de prisões secretas da CIA sob a administração Bush onde os cinco homens foram torturados.

Em uma carta a Obama, o comandante Walter Ruiz, advogado do saudita Mustafa al-Hussain, a quem se juntaram os outros advogados de defesa, pediu para ter acesso às informações sobre esse programa, invocando a Convenção das Nações Unidas sobre a Tortura.

"Hoje os oficiais uniformizados e nossos colegas civis se unem para pedir ao nosso presidente que confirme suas obrigações para com a Convenção contra a Tortura e retire as restrições sobre documentos classificados que impedem nossa busca por justiça", pede o comunicado que acompanhou a carta.

Após suas detenções, em 2002 e 2003, os cinco homens passaram três anos em prisões secretas da CIA no exterior, onde sofreram maus tratos em interrogatórios comparados a torturas.



As autoridades americanas chegaram a admitir que Khaled Sheij Mohamed, o autoproclamado cérebro dos atentados de 11 de setembro de 2001, sofreu 183 sessões de ;submarino; (simulação de afogamento).

Durante esta semana de audiências preliminares na base naval americana de Guantánamo, ilha de Cuba, onde estão os cinco detidos desde 2006, seus advogados invocaram a Convenção contra a Tortura para exigir que seja desconsiderada a pena capital a que seus clientes podem ser condenados.

"Os crimes de guerra não devem ser considerados informação sigilosa", acrescentou Walter Ruiz.