A China pediu que a comunidade internacional acelere a formulação de normas para o ciberespaço depois que os Estados Unidos foram acusados de espionar dados de seus aliados. "Temos notado denúncias e observações feitas pelos líderes de algumas nações. O testemunho mais recente é o de que a segurança cibernética é um foco comum entre todos os países", disse, em nota, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Hua Chunying.
Segundo a porta-voz, a comunidade internacional tem de formular diretrizes para um código de conduta cibernética no âmbito das Nações Unidas (ONU) para garantir o acesso livre, porém seguro à internet.
Notícias publicadas pela imprensa internacional apontam que a Agência de Segurança Nacional (NSA) dos Estados Unidos teria acessado milhões de dados telefônicos de franceses e grampeou o telefone celular da chanceler alemã, Angela Merkel.
Anteontem, a Alemanha expressou insatisfação em relação à possibilidade de os Estados Unidos estarem espionando Merkel. De acordo com o governo do país, caso seja confirmado, o fato seria uma grave quebra de confiança.
O presidente da França, François Hollande, condenou, na segunda-feira (21/10), telefonou para o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e condenou o monitoramento das comunicações de mais de 70 milhões de franceses. Tanto Hollande quanto Angela Merkel disseram ser inaceitável a espionagem entre países aliados.