Raymond perdeu força nesta quarta-feira, passando de furacão a tempestade tropical, e começou a se afastar da costa do Pacífico mexicano, onde centenas de pessoas retiradas preventivamente de suas casas já estão retomando suas atividades e voltando, informaram autoridades.
"A tempestade tropical Raymond continua distanciando-se muito lentamente do litoral de Guerrero e Michoacán", mantendo seu deslocamento lento para o oeste-sudoeste no Oceano Pacífico, informou o oficial Sistema Meteorológico Nacional (SMN) mexicano em seu último informe.
O fenômeno, que diminuiu seus ventos constantes para 95 km/h com rajadas de 110 km/h, virou-se para a direção oeste-sudoeste com velocidade de 13 km/h avançando para o oceano, detalhou o SMN, que prevê que são elevadas as probabilidades de ficar ainda mais fraco.
Depois de ter chegado a ser o primeiro furacão de categoria 3 da temporada no México, Raymond foi perdendo força na terça-feira (22/10), chegando à categoria 1 do total de 5 estabelecidas pela escala Saffir-Simson.
Às 15h30 de Brasília, o fenômeno estava 225 km ao sul-sudoeste de Zihuatanejo e 320 km a sul-sudoeste do porto de Lázaro Cárdenas.
Autoridades mexicanas decidiram suspender esta manhã o alerta que haviam decretado após confirmada a mudança de rumo e o enfraquecimento de Raymond, embora tenham pedido à população que continue atenta aos alertas da Proteção (Defesa) Civil ou de outras organizações.
O SMN advertiu que "as chuvas dos últimos dias e, inclusive, semanas saturaram os solos e continuará chovendo" na região, muito afetada pela passagem do furacão Manuel, em setembro passado.
As chuvas de Raymond obrigaram mais de 1.500 pessoas a deixarem suas casas em Guerrero e no estado vizinho de Michoacán (oeste), enquanto escolas foram fechadas em algumas comunidades, portos foram interditados e muitos turistas suspenderam os planos de passar dias na praia em Acapulco e Zihuatanejo.
O governador de Guerrero, Ángel Aguirre, afirmou que "a atividade no estado está plenamente normalizada". As aulas foram retomadas sem inconvenientes e os destinos turísticos estão prontos para voltar a receber visitantes.
"Há 1.500 pessoas que certamente nas próximas horas vão deixar esses abrigos, já que muitas delas já podem retornar às suas casas", afirmou Aguirre durante entrevista coletiva.
Guerrero ainda não se recuperou do rastro de destruição deixado em meados de setembro pela passagem do furacão Manuel, um fenômeno que se somou à entrada do furacão Ingrid pelo Golfo do México. A passagem desses furacões deixou pelo menos 157 mortos e 1,7 milhão de afetados.