O projeto, decidido por seu antecessor, custava 5,5 milhões de euros, mas os gastos da obra aumentaram consideravelmente, alcançando 31 milhões de euros. Segundo os meios de comunicação alemães, o religioso gastou para sua banheira pessoal 15 mil euros, sem falar de uma sala de jantar de 63 metros quadrados de quase três milhões de euros. Em setembro, o Vaticano enviou a Limburgo o cardeal italiano Giovanni Lajolo, que deve elaborar um relatório.
O caso do "servidor mais caro de Deus", como foi apelidado, gera muito interesse na Alemanha, país onde as igrejas se beneficiam de um imposto, razão pela qual gozam de fundos consideráveis. A Igreja Católica alemã, entre as mais ricas do mundo, costuma financiar muitas associações, escolas, missões e projetos de desenvolvimento.
Desde que foi eleito papa, Francisco, que deseja impulsionar uma igreja pobre para os pobres, não tomou medidas especiais contra o fenômeno, mas aceitou a renúncia de um bispo esloveno considerado também um esbanjador e se comprometeu a reformar as controversas finanças internas da Santa Sé. Os críticos da Igreja compararam o projeto arquitetônico sofisticado com o estilo mais humilde do papa Francisco, questionando que o dinheiro poderia fazer muito se fosse usado como ajuda aos países africanos pobres.