Haia já havia iniciado no começo de outubro um procedimento judicial, chamado de arbitragem, no âmbito do qual cada parte pode nomear árbitros encarregados de encontrar uma saída à disputa.
A Holanda decidiu recorrer nesta segunda-feira ao tribunal, já que "a libertação da tripulação e do barco são urgentes", acrescentou o ministério, ressaltando que o procedimento de arbitragem segue seu curso, mas leva tempo.
"Uma audiência, onde Holanda e Rússia possam defender seus pontos de vista, irá ocorrer em duas ou três semanas", declarou o ministério, acrescentando que uma decisão do tribunal sobre estas medidas provisórias deve ser conhecida em um mês.
Vários países manifestaram sua inquietação com o destino dos membros da tripulação, como, por exemplo, a chanceler Angela Merkel na quarta-feira, mas apenas a Holanda tomou medidas concretas visando obter sua libertação.
Na quinta-feira, onze vencedores do prêmio Nobel da Paz, entre eles o arcebispo sul-africano Desmond Tutu, escreveram a Vladimir Putin para defender os 30 membros da tripulação. A Rússia fez do desenvolvimento do Ártico, uma imensa zona em hidrocarbonetos inexplorados, uma prioridade estratégica. O Greenpeace, por sua vez, denuncia riscos para um ecossistema frágil.