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Holanda recorre a tribunal por navio do Greenpeace detido na Rússia

Trinta membros da tripulação do barco com bandeira holandesa, entre eles 26 estrangeiros estão em detenção por dois meses em Murmansk, no noroeste da Rússia



Haia já havia iniciado no começo de outubro um procedimento judicial, chamado de arbitragem, no âmbito do qual cada parte pode nomear árbitros encarregados de encontrar uma saída à disputa.

A Holanda decidiu recorrer nesta segunda-feira ao tribunal, já que "a libertação da tripulação e do barco são urgentes", acrescentou o ministério, ressaltando que o procedimento de arbitragem segue seu curso, mas leva tempo.

"Uma audiência, onde Holanda e Rússia possam defender seus pontos de vista, irá ocorrer em duas ou três semanas", declarou o ministério, acrescentando que uma decisão do tribunal sobre estas medidas provisórias deve ser conhecida em um mês.

Vários países manifestaram sua inquietação com o destino dos membros da tripulação, como, por exemplo, a chanceler Angela Merkel na quarta-feira, mas apenas a Holanda tomou medidas concretas visando obter sua libertação.

Na quinta-feira, onze vencedores do prêmio Nobel da Paz, entre eles o arcebispo sul-africano Desmond Tutu, escreveram a Vladimir Putin para defender os 30 membros da tripulação. A Rússia fez do desenvolvimento do Ártico, uma imensa zona em hidrocarbonetos inexplorados, uma prioridade estratégica. O Greenpeace, por sua vez, denuncia riscos para um ecossistema frágil.