Cidade do Vaticano - A CTV, a televisão do Vaticano idealizada por João Paulo II, celebra seus 30 anos modernizando seu conteúdo e adaptando seu enfoque mais ao estilo do papa Francisco.
"Colocamos a inovação tecnológica a serviço da nova evangelização", explicou o monsenhor Dario Edoardo Vigano, diretor do Centro Televisivo Vaticano (CTV), durante um encontro organizado nesta sexta-feira na Associação de Imprensa Estrangeira.
A CTV trabalha na realização de uma plataforma de gestão de seus conteúdos de vídeo em HD, e muito em breve em ultra-HD, e na digitalização de 20.000 fitas cassete de 30 minutos que cobrem acontecimentos de Vaticano dos últimos 30 anos.
[SAIBAMAIS]Entre eles, destacam-se imagens que comoveram no mundo, como o encontro do dirigente soviético Mikhail Gorbachev com João Paulo II em 1989, a saída de Karol Wojtila do hospital depois de ter lutado contra a morte, seu enterro, a saída de helicóptero de Bento XVI ou a primeira aparição do Papa argentino no balcão.
Atualmente, com o papa Francisco, que surpreende pela proximidade que gosta de ter com seus fiéis, a CTV revisou seus métodos de gravação, explicou monsenhor Vigano ao l;Osservatore Romano, o jornal do Vaticano.
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Câmeras situadas entre as pessoas, primeiros planos do Papa, enquadramentos onde se vê o Santo Padre conversando com os fiéis... tudo é pensado para que o espectador sinta "a emotiva intensidade dos encontros do Papa".
Antes de ser Sumo Pontífice, Jorge Bergoglio fundou, em 2004, o Canal 21, a televisão da arquidiocese de Buenos Aires, porque "é muito consciente da importância da comunicação através da televisão e dos outros meios de comunicação", explicou Vigano.
A CTV assinou um acordo com o Canal 21 para recuperar imagens de arquivo de Bergoglio en América Latina. O canal do Vaticano, que conta com 22 colaboradores, nasceu em 22 de outubro de 1983 por iniciativa de João Paulo II, que desejava dar uma resposta eficaz às necessidades de comunicação social da Igreja.
Em mensagem enviada a seus diretores, "os peregrinos da comunicação", Francisco elogiou a contribuição da CTV para "aproximar a Igreja do mundo e fazer chegar as palavras do Papa a milhões de católicos, inclusive em lugares onde professar sua fé é um ato de coragem".