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Corpo do nazista Erich Pirebke ainda está em aeroporto militar da Itália

Seis dias após a morte do ex-capitão, ainda não foi decidido o local de sua cremação ou de sua sepultura

Roma - O corpo do criminoso nazista Erich Pirebke ainda estava nesta quinta-feira (17/10) no aeroporto militar italiano de Practica di Mare, ao sul de Roma, indicou nesta quinta-feira a agência Ansa. A informação contradiz a notícia de que o caixão havia abandonado o aeródromo rumo a um destino desconhecido. Seis dias após a morte do ex-capitão da SS, ainda não foi decidido o local de sua cremação ou de sua sepultura.

[SAIBAMAIS]Na terça-feira um funeral religioso em Albano Laziale, que seria realizado por uma comunidade católica ultraconservadora, foi cancelado devido à indignação gerada nos moradores antifascistas e pelos distúrbios provocados por militantes de movimentos pró-nazistas. O corpo de Priebke passou a quarta-feira no aeroporto de Pratica di Mare. A imprensa anunciou a saída por volta das 21h00 GMT (18h00 de Brasília), mas fontes autorizadas desmentiram nesta quinta-feira as informações à Ansa.



O advogado de Priebke, Paolo Giachini, que acolheu em sua casa o criminoso nos últimos 15 anos em condição de prisão domiciliar após sua condenação à prisão perpétua, indicou que cabe à Itália se ocupar de seu enterro. O prefeito de Roma, Giuseppe Pecoraro, muito criticado por sua gestão deste assunto - primeiro autorizou a cerimônia religiosa pelos padres integralistas e depois a anulou, levando à transferência do caixão ao aeroporto militar de Pratica di Mare - afirmou que "foram estabelecidos contatos com a Alemanha", seu país de nascimento.

No entanto, Berlim disse não ter "recebido até o momento nenhum pedido" das autoridades italianas. A Itália, por sua vez, afirmou à AFP que correspondia à família realizar um pedido deste tipo. A lei italiana sobre a cremação exige efetivamente a autorização dos parentes do falecido. Mas seus dois filhos - um vive nos Estados Unidos e o outro na Argentina, e nenhum prevê viajar à Itália - pediram apenas "que seu pai tenha direito a um funeral católico e que seu corpo seja respeitado", segundo Giachini.