Entre esperanças e ceticismo, o Irã e as potências que negociam o impasse em torno do programa nuclear dão início hoje a mais uma rodada de conversações, em Genebra (Suíça). Será a primeira desde a reaproximação que a República Islâmica e os Estados Unidos ensaiaram durante a Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, no fim de setembro. Nesse novo cenário, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, dedicou boa parte do discurso de abertura do período de sessões parlamentares para insistir que a comunidade internacional mantenha a pressão sobre Teerã, sob pena de cometer ;um erro histórico;. O premiê dirigiu-se especialmente aos países árabes, com um convite à aliança. ;Pela primeira vez na história, existe um entendimento no mundo árabe de que o inimigo não é Israel;, disse o premiê, referindo-se ao regime islâmico.
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A delegação iraniana em Genebra é encabeçada pelo ministro das Relações Exteriores, Mohamad Javad Zarif, que participará da sessão de abertura das negociações e depois passará a missão para o vice-chanceler, Abas Araghchi. Antes de desembarcar em Genebra, Zarif manifestou otimismo. Mas, como já tinha feito na semana passada, defendeu uma nova abordagem para o diálogo, uma vez que as conversações, até agora, não evoluíram. Segundo o chanceler, os dois lados precisam tomar medidas concretas para construir confiança mútua. ;Os governos ocidentais devem tomar atitudes objetivas para provar a boa fé, suspendendo as sanções, e o Irã tomará atitudes para afastar as desconfianças sobre seu programa nuclear;, disse.
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