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Presidente do Irã pede mais liberdade para universidades do país

A censura aos direitos civis no Irã é regularmente criticada por organismos internacionais de defesa dos direitos humanos e por governos ocidentais

O presidente iraniano, Hassan Rohani, pediu nesta segunda-feira (14/10) mais liberdade nas universidades, onde muitos professores e estudantes têm sido perseguidos por causa de suas atividades políticas.

Suas declarações, divulgadas pela agência de notícias Isna, vêm à tona uma semana depois de o presidente moderado iraniano pedir à polícia para ser mais tolerante na imposição de regras sobre como as mulheres se vestem.



Em discurso na Universidade de Teerã, o presidente, que prometeu mais liberdades sociais durante sua campanha eleitoral, disse que seria uma "vergonha" se professores não pudessem expressar suas opiniões.

Autoridades universitárias deveriam respeitar a liberdade de expressão e "nós não devemos nos envolver na tendência ruim e inapropriada de enviar professores para a aposentadoria precoce", disse Rohani.

Em 2006, seu antecessor linha-dura, Mahmud Ahmadinejad, disse que as universidades deveriam ser purgadas de indivíduos liberais e seculares e, mais tarde naquele ano, muitos professores foram aposentados precocemente.

Rohani também pediu aos estudantes que persigam as ciências e disse que as autoridades deveriam relaxar regras que os impedem de viajar para fora do país.

"Precisamos de uma diplomacia das ciências e vocês, estudantes, devem ajudar nesta questão", disse Rohani.

"Eu apelo aos serviços de segurança para que pavimentem o caminho da diplomacia e da confiança em professores e estudantes", destacou.

A censura aos direitos civis no Irã é regularmente criticada por organismos internacionais de defesa dos direitos humanos e por governos ocidentais.