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Rússia inicia revezamento da tocha olímpica sob forte esquema de segurança

Em Moscou, atletas e celebridades se revezam com a tocha nas ruas em um percurso de 77 km

Agência France-Presse
postado em 07/10/2013 17:27
A ginasta e campeã olímpica Svetlana Khorkina participou do revezamento da tocha olímpica, ao fundo a catedral de São BasílioA Rússia deu início nesta segunda-feira (7/10), em Moscou, ao revezamento da tocha olímpica dos Jogos de inverno de Sochi-2014 sob um forte esquema de segurança que envolve o monitoramento das comunicações, lembrando a fase áurea da KGB, ex-serviço secreto soviético.

Em cerimônia organizada na famosa Praça Vermelha, o prefeito da capital russa, Serguei Sobianin, iniciou o percurso de 65.000 km através do imenso território russo, até a cidade de Sochi, situada entre o Mar Negro e as montanhas do Cáucaso, que receberá a cerimônia de abertura no dia 7 de fevereiro.



Em Moscou, atletas e celebridades se revezam com a tocha nas ruas em um percurso de 77 km, segunda e terça-feira (8/10). Cerca de 12.000 policiais foram mobilizados pelo trajeto da tocha, que chegou no domingo da Grécia.

Especialistas em segurança afirmaram que a Rússia pretende usar em Sochi um sistema que dará a possibilidade aos serviços secretos de monitorar comunicações durante os jogos.

O jornalista Andre; Soldatov explicou à AFP que um sistema chamado SORM dá acesso ao FSB (entidade que substituiu o KGB) a todas as comunicações feitas por telefone ou através da internet.

"Os operadores não têm como saber em que momento o FSB monitora alguém ou alguma entidade", revelou Soldatov, que diz ter obtido essas informações ao ter acesso a documentos oficiais do governo.

Segundo o jornalista, as empresas de telecomunicações precisavam pagar para instalar material do SORM.

A Anistia Internacional anunciou nesta segunda-feira o lançamento de uma companha mundial para denunciar as violações dos direitos humanos na Rússia.

"Nossos representantes em diversas cidades do mundo preparam ações de protesto, que devem ocorrer principalmente em frente a embaixadas da Rússia", informou a ONG.

Em Moscou, militantes de Anistia Internacional pretendem desfilar um após o outro na praça Puchkin, no centro da capital russa, para protestar contra o fato do governo ter-lhes negado o direito de organizar uma manifestação no local.

No domingo, a chama olímpica chegou a apagar por instantes quando estava sendo levada pelo segundo revezador e foi acesa segundos depois com um isqueiro de um membro dos serviços de segurança do Kremlin.

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