Cairo - Nove pessoas, entre elas seis militares, morreram nesta segunda-feira (7/10) em dois ataques no Egito, no dia seguinte ao choques entre forças de segurança e partidários do deposto presidente islamita Mohamed Morsy que deixaram dezenas de mortos. Seis soldados morreram em Ismailiya (Norte), onde grupos islamitas atacam com frequência as forças de segurança as forças oficiais desde que o Exército destituiu e prendeu em 3 de julho Mohamed Morsy, primeiro presidente eleito democraticamente no Egito.
A violência de domingo (6/10) resultou no maior balanço de mortos desde a repressão iniciada em 14 de agosto para dispersar partidários de Morsy que pedem sua volta ao poder. Os atos violentos desse dia e da semana seguinte deixaram mais de mil mortos, a maioria simpatizantes do islamita. No sábado (5/10), o ministério do Interior advertiu que reagiria com firmeza a qualquer sinal de desordem durante as comemorações do 40; aniversário da guerra Israel. O conflito de 1973 - conhecido como Guerra de Outubro, nos países árabes, e Guerra de Yom Kippur, no Estado hebreu - é lembrado com orgulho no Egito.
Junto com as forças sírias, os egípcios conseguiram surpreender as defesas israelenses durante a celebração do Yom Kippur (o Dia do Perdão), em Israel. Posteriormente, a ofensiva permitiu a recuperação da Península do Sinai, graças ao tratado de paz firmado em 1979. A espiral de violência poderá intensificar-se já que a Aliança contra o Golpe de Estado, liderada pela Irmandade Muçulmana, convocou para esta segunda-feira "todos os egípcios a manifestar em massa em marchas não-violências contra o regime insensato, fascista e opressor que divide o povo e egípcio".