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Ruanda denuncia sanções dos EUA por suposto caso de crianças-soldado

Os Estados Unidos também anunciaram sanções na quinta-feira (3/10) contra Ruanda pelo caso do recrutamento de crianças como soldados relacionado com uma República Democrática do Congo

Kigali - O exército ruandês denunciou nesta sexta-feira (4/10) a decisão americana de impor sanções pelo suposto apoio que forneceria à rebelião congolesa do M23, acusada de recrutar crianças-soldado. "É surpreendente considerar Ruanda responsável por fatos que não ocorreram em seu território e que não estão dentro de suas práticas", declarou o porta-voz do exército, Joseph Nzabamwita, em um comunicado.

"A decisão de incluir Ruanda entre os Estados que utilizam crianças-soldado não se baseia em fatos ou em provas. Em sua qualidade de sócio do exército ruandês há muito tempo, os Estados Unidos têm toda a informação para saber que nossas forças jamais toleraram a utilização de crianças nos combates", acrescentou.



Os Estados Unidos anunciaram sanções na quinta-feira (3/10) contra Ruanda pelo caso do recrutamento de crianças como soldados relacionado com a rebelião do movimento M23 na República Democrática do Congo (RDC), que Kigali é acusada de apoiar.

Os rebeldes do M23 estão ativos no leste da RDC. O grupo é composto essencialmente por ex-rebeldes tutsis do Congo que integraram o exército da RDC quando o acordo de paz foi assinado, em 2009. Rebelaram-se em abril de 2012, alegando que os termos do acordo nunca foram respeitados. A ONU acusa Ruanda e Uganda de apoiar o M23, o que estes países negam.