Dois manifestantes que participaram do ataque à embaixada da Rússia em Trípoli na noite de quarta-feira (2/10) morreram no ataque, declarou nesta quinta-feira à AFP o ministro líbio das Relações Exteriores, Mohamed Abdelaziz.
O ministro, que não forneceu mais indicações sobre a morte dos manifestantes, desmentiu ter recomendado que os diplomatas russos abandonassem o país, como afirmou Moscou.
"Não é certo, não podemos dar esse tipo de recomendações", declarou o chanceler líbio, explicando que pediu "para o embaixador russo deixar a embaixada e passar a noite em um hotel ou em outro local seguro".
O ataque ocorreu após rumores de que um oficial do exército foi assassinado por uma mulher russa.
Algumas dezenas de manifestantes raivosos tentaram na quarta-feira atacar a embaixada russa, destruindo um veículo estacionado em frente ao edifício da missão e provocando danos materiais, antes de ser dispersados.
Desde terça-feira circulavam informações contraditórias sobre as circunstâncias do assassinato deste oficial no bairro de Suk Jumaa, em Trípoli.
Certas fontes afirmam que uma mulher russa assassinou este oficial por seu papel na revolta contra o regime de Muanmar Kadhafi, enquanto outros sustentam que se trata da esposa da vítima, que o matou por motivos pessoais.