Beirute - A Human Rights Watch (HRW) denunciou nesta terça-feira (1;/10) o uso de bomba termobárica em um ataque, no domingo passado, contra uma escola na cidade síria de Raqa, que deixou ao menos 16 mortos. "O tipo de ferimento e a pele queimada nas vítimas apontam para o uso de bomba termobárica", afirmou a ONG. Estas armas "não devem ser usadas em zonas habitadas, já que atingem de forma cega", destacou a HRW, sediada em Nova York.
Ao menos 16 pessoas - a maioria estudantes e professores - morreram no domingo passado em um ataque aéreo do regime sírio contra uma escola do ensino médio em Raqa, cidade controlada pelos rebeldes no norte da Síria, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), que exibiu na Internet imagens chocantes da ação.
[SAIBAMAIS]Priyanka Motaparthy, especialista em direitos das crianças da HRW, afirmou que o bombardeio aéreo de Raqa é "o último de uma longa série de ataques do regime contra escolas".
"Estes ataques já custaram a vida de numerosas crianças", afirmou Motaparthy. De acordo com a HRW, as forças do regime sírio utilizam bombas termobáricas desde 2012. Para a organização, os ataques contra escolas são uma "violação do direito internacional" e seus autores cometem "crimes de guerra". "Enquanto o mundo tenta destruir o arsenal químico sírio, as forças do regime matam civis com outras armas extremamente poderosas", concluiu Motaparthy.
Calor e pressão para matar
As bombas termobáricas usam o poder do calor e da pressão para expandir o potencial de destruição, capazes de alcançar inclusive alvos subterrâneos em grande profundidade. Embora o nome ;termobárica; seja usado para vários tipos de bomba de grande potência, ele é usado para explosivos que misturam algum tipo de partícula altamente combustível e energética, como o pó de alumínio.