Atenas - O governo grego descartou nesta segunda-feira (30/9) a realização de eleições antecipadas após o desmantelamento do partido neonazista Aurora Dourada e a publicação de um relatório judicial revelando inúmeras "ações criminosas" da formação.
Após as prisões realizadas neste final de semana dos líderes do Aurora Dourada, acusados de "participação em organização criminosa", a imprensa grega comentou a possibilidade de eleições antecipadas em caso de renúncia dos 18 deputados do movimento.
Contudo, o vice-presidente do governo e ministro das Relações Exteriores, Evangelos Venizelos, declarou que "não existe a possibilidade de eleições antecipadas", já que "seria perigoso para a economia e a estabilidade política e social do país".
"Nada pode provocar uma crise parlamentar", indicou Venizelos, acrescentando que não acredita que os deputados do Aurora Dourada "se atreveriam ma renunciar".
Segundo o relatório judicial do procurador-adjunto da Suprema Corte, Charalambos Vourliotis, o partido neonazista criou milícias que nos últimos anos atacaram principalmente imigrantes paquistaneses.
"Eu participei várias vezes de ações que envolveram entre 50 e 60 motos, com duas pessoas em cada uma. Quem estava na garupa carregava uma vara com a bandeira grega e batia em todos os paquistaneses que conhecia", relatou um dos ex-militantes, citado no relatório.
Em janeiro, um paquistanês foi morto por neonazistas no centro de Atenas. O partido tem uma "estrutura estritamente hierárquica. O líder é o todo-poderoso, seguindo o princípio do nazismo, o Führerprinzip (...) O Aurora Dourada começou seus ataques em 1987, inicialmente contra imigrantes e mais tarde contra gregos", revela o relatório.
O promotor destaca, ao se referir à ideologia racista da formação, que, "para os membros do partido, quem não pertence à ;tribo; é considerado subumano. Nessa categoria estão imigrantes, ciganos e deficientes".
O relatório afirma ainda que este partido, "cujos membros seguem um treinamento em estilo militar, principalmente na região da Ática (...), cometeu dezenas de ações criminosas", incluindo dois homicídios dolosos, três tentativas de homicídio e diversos ataques contra imigrantes.
"O fenômeno mais preocupante é o recrutamento de menores para formar organizações de jovens militantes". "A gota d;água aconteceu quando atiraram com armas de fogo contra paquistaneses. Um conseguiu fugir, mas outro foi pego e brutalmente espancado", declarou um dos ex-integrantes.
De acordo com os dois ex-militantes, colocados pela justiça sob "status de testemunhas assistidas", "nas sedes do partido havia punhais, bastões e facas".
A Polícia grega, acusada de passividade frente ao Aurora Dourada, partido suspeito de estar por trás de ataques contra imigrantes, intensificou nos últimos dias as operações contra os neonazistas.
Nesta segunda-feira (30/9), a polícia continuava suas buscas nas sedes do partido, depois das prisões efetuadas neste final de semana de seu líder e fundador, Nikos Michaloliakos, de seis dos 18 deputados da formação e de 15 outros membros, acusados de "participação em organização criminosa" e "posse de armas".
Para determinar a qualificação de "organização criminosa", a promotoria identificou vários crimes atribuídos ao Aurora Dourada, incluindo o assassinato, em 18 de setembro, de Pavlos Fyssas, um músico antifascista de 34 anos, e várias tentativas de assassinato de imigrantes, bem como vários casos de violência física, principalmente contra estrangeiros.
Trinta e dois mandados de prisão foram emitidos pela Suprema Corte no comando das investigações. Esse partido neonazista registrou grande crescimento nos últimos anos, aproveitando-se da grave crise econômica e social na Grécia. A formação entrou pela primeira vez no Parlamento nas eleições de junho de 2012, depois de mais de duas décadas de atividade como um grupo clandestino.
Após as prisões realizadas neste final de semana dos líderes do Aurora Dourada, acusados de "participação em organização criminosa", a imprensa grega comentou a possibilidade de eleições antecipadas em caso de renúncia dos 18 deputados do movimento.
Contudo, o vice-presidente do governo e ministro das Relações Exteriores, Evangelos Venizelos, declarou que "não existe a possibilidade de eleições antecipadas", já que "seria perigoso para a economia e a estabilidade política e social do país".
"Nada pode provocar uma crise parlamentar", indicou Venizelos, acrescentando que não acredita que os deputados do Aurora Dourada "se atreveriam ma renunciar".
Segundo o relatório judicial do procurador-adjunto da Suprema Corte, Charalambos Vourliotis, o partido neonazista criou milícias que nos últimos anos atacaram principalmente imigrantes paquistaneses.
"Eu participei várias vezes de ações que envolveram entre 50 e 60 motos, com duas pessoas em cada uma. Quem estava na garupa carregava uma vara com a bandeira grega e batia em todos os paquistaneses que conhecia", relatou um dos ex-militantes, citado no relatório.
Em janeiro, um paquistanês foi morto por neonazistas no centro de Atenas. O partido tem uma "estrutura estritamente hierárquica. O líder é o todo-poderoso, seguindo o princípio do nazismo, o Führerprinzip (...) O Aurora Dourada começou seus ataques em 1987, inicialmente contra imigrantes e mais tarde contra gregos", revela o relatório.
O promotor destaca, ao se referir à ideologia racista da formação, que, "para os membros do partido, quem não pertence à ;tribo; é considerado subumano. Nessa categoria estão imigrantes, ciganos e deficientes".
O relatório afirma ainda que este partido, "cujos membros seguem um treinamento em estilo militar, principalmente na região da Ática (...), cometeu dezenas de ações criminosas", incluindo dois homicídios dolosos, três tentativas de homicídio e diversos ataques contra imigrantes.
"O fenômeno mais preocupante é o recrutamento de menores para formar organizações de jovens militantes". "A gota d;água aconteceu quando atiraram com armas de fogo contra paquistaneses. Um conseguiu fugir, mas outro foi pego e brutalmente espancado", declarou um dos ex-integrantes.
De acordo com os dois ex-militantes, colocados pela justiça sob "status de testemunhas assistidas", "nas sedes do partido havia punhais, bastões e facas".
A Polícia grega, acusada de passividade frente ao Aurora Dourada, partido suspeito de estar por trás de ataques contra imigrantes, intensificou nos últimos dias as operações contra os neonazistas.
Nesta segunda-feira (30/9), a polícia continuava suas buscas nas sedes do partido, depois das prisões efetuadas neste final de semana de seu líder e fundador, Nikos Michaloliakos, de seis dos 18 deputados da formação e de 15 outros membros, acusados de "participação em organização criminosa" e "posse de armas".
Para determinar a qualificação de "organização criminosa", a promotoria identificou vários crimes atribuídos ao Aurora Dourada, incluindo o assassinato, em 18 de setembro, de Pavlos Fyssas, um músico antifascista de 34 anos, e várias tentativas de assassinato de imigrantes, bem como vários casos de violência física, principalmente contra estrangeiros.
Trinta e dois mandados de prisão foram emitidos pela Suprema Corte no comando das investigações. Esse partido neonazista registrou grande crescimento nos últimos anos, aproveitando-se da grave crise econômica e social na Grécia. A formação entrou pela primeira vez no Parlamento nas eleições de junho de 2012, depois de mais de duas décadas de atividade como um grupo clandestino.