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Integrante do grupo Pussy Riot hospitalizada não pode receber visita

Ela foi transferida no domingo (29/9) da prisão para o hospital após uma greve de fome iniciada há uma semana

A administração penitenciária russa proibiu nesta segunda-feira (30/9) qualquer visita a Nadejda Tolokonikova, integrante do grupo de rock Pussy Riot que foi transferida no domingo (29/9) da prisão para o hospital após uma greve de fome. Tolokonnikova se declarou na segunda-feira passada (23/9) em greve de fome em protesto contra as ameaças que diz estar recebendo na prisão depois de denunciar suas condições de encarceramento.

Piotr Verzilov, o marido da cantora, afirmou que foi impedido de visitá-la no hospital. "O coronel Oleg Klishkov, diretor do estabelecimento médico 21, disse oficialmente que negava o direito à visita a Nadia", declarou à AFP. "Eles disseram que seu estado de saúde é tão grave que ela não consegue falar", acrescentou.



O médico do hospital indicou que Tolokonnikova, de 23 anos, estava sob observação e recebia medicação intravenosa. Nadejda Tolokonnikova cumpre uma pena de dois anos por ter participado em 2012 de uma oração punk contra o presidente russo Vladimir Putin, cantada na catedral de Moscou.

Ela e as outras integrantes do grupo, Maria Alejina e Ekaterina Samutsevich, na oração punk pediam, em plena Catedral de Cristo Salvador de Moscou, que a Virgem "expulsasse Putin do poder". As três foram condenadas a dois anos por "vandalismo" e "incitação ao ódio religioso".