Jornal Correio Braziliense

Mundo

Presidente Barack Obama reitera que não cederá sobre reforma de saúde

A Câmara de Representantes, controlada pela oposição republicana, rejeita ampliar o orçamento ou aumentar o limite do endividamento federal



Se governo e oposição não alcançarem um acordo, o Executivo será forçado a dar férias coletivas não remuneradas a milhares de funcionários públicos de serviços considerados não essenciais. Além disso, pode haver um default pela primeira vez na história dos EUA em meados de outubro.

O teto da dívida foi alcançado em maio e a partir desse momento o Tesouro tomou medidas extraordinárias para evitar uma suspensão dos pagamentos, mas elas "se esgotarão no dia 17 de outubro", alertou na quarta-feira o secretário do Tesouro, Jacob Lew.

Na sexta-feira (27/9), a Câmara dos Deputados - controlada pela oposição republicana - adotou um projeto de orçamento temporário para financiar o Estado até 15 de dezembro, mas retirou dinheiro para a reforma do sistema de saúde.

O Senado, controlado pelos democratas, deverá adotar sua própria versão do orçamento até domingo. Este texto inclui dinheiro para financiar a reforma de saúde e limita o orçamento temporário a 15 de novembro ao invés de 15 de dezembro.

O texto modificado deverá voltar para a Câmara Baixa, onde as possibilidades de êxito são incertas.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) disse nesta quinta-feira que uma resolução rápida do conflito entre a Casa Branca e o Legislativo, em particular sobre o teto da dívida, é importante para a recuperação da economia mundial.

"É importante para a continuação da recuperação da economia de EUA e também para a economia mundial", informou Gerry Rice, porta-voz do FMI.

"Como já dissemos, esperamos que haja uma resolução rápida das discussões orçamentárias em curso e das que se desenvolveram em relação ao teto da dívida", disse Rice durante coletiva de imprensa em Washington.

Uma situação similar que pôs os EUA à beira do default em 2011 levou a agência de classificação Standard & Poor;s a retirar dos EUA seu "triplo A", a máxima em sua escala.

Nesta quinta-feira, o Departamento de Comércio confirmou que a economia dos EUA cresceu 2,5% no segundo trimestre em projeção anual.

A média de previsões dos analistas era uma leve revisão para cima do crescimento do PIB, a 2,6%.