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Ataque de Nairóbi: a 'viúva branca' alugava casas em Johannesburgo

Uma cidadã britânica, chamada de "viúva branca", usava um passaporte sul-africano para obter empréstimos bancários e alugar casas em Johannesburgo

Uma cidadã britânica, chamada de "viúva branca" e suspeita de ter participado do ataque ao centro comercial de Nairóbi usava um passaporte sul-africano para obter empréstimos bancários e alugar casas em Johannesburgo, indicou nesta quarta-feira (25/9) a imprensa local.

Samantha Lewthwaite, de 29 anos, usou o nome de Natalie Faye Webb para alugar pelo menos três residências em Johannesburgo. Ela tinha em seu nome dívidas equivalentes a 6.400 euros, segundo a rede de televisão eNCA.

Os documentos de locação foram assinados por ela, mas nada indica claramente que ela tenha morado nessas casas. Segundo documentos bancários consultados pela eNCA, ela teria vivido durante quatro anos no bairro de Mayfair, em Johannesburgo.

Em 2011, ela teve uma dívida de 2.700 dólares em lojas de roupas. Depois, em agosto de 2012 um tribunal a condenou a pagar 2.800 dólares em dívidas ao South Africa;s First Rand Bank.

Na noite de segunda-feira, a ministra queniana das Relações Exteriores, Amina Mohamed, afirmou que uma britânica tinha participado do ataque ao centro comercial Westgate, em Nairóbi, reivindicado pelos islamitas somalis shebab.




Suas declarações vão de encontro às feitas algumas horas depois por seu colega do Interior, Joseph Ole Lenku, que havia negado a presença de mulheres no grupo que invadiu o Westgate.

Na terça-feira, a imprensa britânica mencionava o possível envolvimento de Samantha Lewthwaite no ataque de Nairóbi. Convertida ao Islã na adolescência, ela é viúva de Germaine Lindsay, um dos terroristas suicidas que participaram dos atentados contra o metrô de Londres em 2005. Na época, ela estava grávida de sete meses de seu segundo filho.

Um especialista sul-africano em terrorismo afirmou esta semana que ela ia regularmente à África do Sul e que vivia nos bairros indianos.

Mas vários vizinhos consultados pela AFP nesta quarta afirmaram nunca tê-la visto.

Os endereços de Mayfair incluíam duas casas, que foram demolidas no ano passado.