Em setembro de 2011, Abbas entregou um pedido formal pelo reconhecimento de um Estado palestino ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e foi ovacionado ao se dirigir à Assembleia Geral. Em seu discurso, ele garantiu que os palestinos estavam dispostos a retomar as conversas de paz, se Israel acabasse com sua política de assentamentos em territórios palestinos. O gesto foi imediatamente rejeitado por Israel e pelos Estados Unidos.
Obama elogiou Abbas por deixar os atalhos de lado para buscar a paz e "voltar à mesa de negociações". Elogiou ainda a iniciativa do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, de libertar prisioneiros palestinos e afirmou que "as conversas atuais estão centradas em questões sobre o status final de fronteiras e segurança, refugiados e Jerusalém".
"Agora, o restante de nós tem de estar disposto a aceitar riscos", insistiu Obama.
"Os amigos de Israel, incluindo os Estados Unidos, devem reconhecer que a segurança de Israel como um Estado judeu e democrático depende da concretização de um Estado palestino", declarou Obama.
"Os Estados árabes - e aqueles que apoiam os palestinos - devem reconhecer que apenas se conseguirá estabilidade por intermédio de uma solução baseada em dois Estados com um Israel seguro", frisou.
"E todos nós devemos reconhecer que a paz será uma ferramenta poderosa para derrotar extremistas e incentivar os que estão preparados para construir um futuro melhor", declarou.
"Por esse motivo, devemos sair dos lugares comuns da culpa e do preconceito e apoiar os líderes israelenses e palestinos que estão preparados para caminhar pela difícil estrada para a paz", completou Obama.
O presidente Obama deve se reunir com Mahmud Abbas em paralelo à Assembleia-Geral da ONU, iniciada nesta terça-feira, em Nova York.