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Capacetes azuis da missão da ONU no Mali são acusados de abuso sexual

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, "examina este problema com seriedade", declarou seu porta-voz, Martin Nesirky, citado no documento da ONU

Capacetes azuis da missão da ONU no Mali foram acusados de abuso sexual, segundo um documento de imprensa da organização consultado pela AFP.

"A Missão Multidimensional Integrada das Nações Unidas para a Estabilização do Mali (Minusma) indicou na segunda-feira que acusações de má conduta tinham sido registradas na semana passada contra alguns capacetes azuis, incluindo um caso de abuso sexual", revelou o Centro de Atualidades da ONU em seu site.

"O secretário-geral" da ONU, Ban Ki-moon, "examina este problema com seriedade", declarou seu porta-voz, Martin Nesirky, citado no documento da ONU.

Segundo o texto, "o caso de abuso sexual teria acontecido entre os dias 19 e 20 de setembro em Gao, uma cidade do nordeste do país. A Missão abriu uma investigação para apurar os fatos e prestou assistência imediata à vítima".



Não há detalhes sobre a vítima. O documento também não informa sobre outros casos de "má conduta", ou o número de agentes envolvidos e suas identidades.

"Os países que fornecem tropas têm a responsabilidade de abrir uma investigação e adotar as medidas disciplinares e judiciais apropriadas se as acusações tiverem fundamento", de acordo com Nesirky.

Criada em 25 de abril pelo Conselho de Segurança, a Minusma é responsável pela estabilização do país, e por integrar às suas tropas as forças africanas que participaram da intervenção militar lançada em janeiro para expulsar grupos islamitas do norte do Mali.