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Dilma expressa repúdio à espionagem em Assembleia Geral da ONU

A presidente propôs a criação de um marco civil multilateral para proteger as nações da espionagem. Ela também falou de sustentabilidade, crise econômica e criticou papel do Conselho de Segurança da ONU na solução de conflitos



Crise global

[SAIBAMAIS]Outro tema destacado durante a abertura da conferência foi a crise mundial, que também teve reflexos no Brasil, de acordo com a presidente. ;Passada a crise, a situação ainda é frágil no mundo, com o desemprego;, frisou ao citar que mais de 200 milhões de pessoas estão desempregadas no mundo. ;É o momento para reforçar tendências de crescimento. (...) Os países não podem comandar a retomada da crise;.

Em sua apresentação, Dilma falou também sobre a agenda de desenvolvimento pós-2015 e as iniciativas tomadas por seu governo para melhorar a situação da população brasileira, pedindo a reforma de alguns organismos da instituição e lembrando que a ONU completará 70 anos de existência em 2015. "Impõe evitar a derrota coletiva que representaria chegar a 2015 sem um Conselho de Segurança capaz de exercer plenamente suas responsabilidades no mundo de hoje. É preocupante a limitada representação do Conselho de Segurança da ONU face os novos desafios do século XXI", afirmou Dilma.

Busca por paz

Sobre soluções para a crise que abala o Oriente Médio, principalmente a Síria, a líder brasileira reiterou princípios fundamentais da política externa do Brasil guiando pela defesa do multilateralismo. Afirmou que a crise na Síria causa "comoção e indignação" nos brasileiros. "O Brasil, que tem descendência síria, está profundamente envolvido". Para ela, não há saída militar, a única decisão é por meio de negociações, por meio do diálogo. No entanto, Dilma ressaltou que o esforço deve ser conjunto e criticou inclusive o papel exercido pelo Conselho de Segurança, que até agora não apresentou nenhuma medida capaz de terminar as guerras.

Dilma também apoiou o acordo entre EUA e Rússia para resolver conflito na Síria e disse que o governo de Bashar Al-Assad deve cumprir o acordo. A presidente ainda falou sobre a situação de Israel e Palestina e da urgência de paz que os dois países necessitam diante das transformações.

Com informações da France Presse