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Tensão em Nairóbi está prestes a acabar; ao todo há 69 pessoas mortas

De acordo com a Cruz Vermelha queniana, 63 pessoas estão desaparecidas. A operação no shopping ocorre desde sábado (22/9) após invasão de um grupo islamita

Nairóbi - As forças de segurança quenianas estavam prestes a acabar com a operação no shopping de Nairóbi onde está entrincheirado desde sábado (22/9) um grupo islamita, integrado por pessoas de diferentes nacionalidades, segundo o exército. "Acreditamos que a operação está prestes a acabar", disse o ministro do Interior, Joseph Ole Lenku, antes de informar que a operação das forças quenianas deixou até agora dois mortos entre os integrantes do comando e vários feridos.



Outro grupo entrou na galeria comercial pelo estacionamento, disparando contra um guarda antes de se dirigir aos andares superiores, onde uma rádio local organizava uma festa. Logo depois de entrar, os islamitas lançaram duas granadas contra a multidão, mas apenas uma explodiu.


De acordo com testemunhas citadas pelo jornal, os islamitas forçaram as pessoas que estavam no centro comercial a recitar ao menos o início da Shahada, uma fórmula pronunciada pelos fiéis muçulmanos. Os que eram incapazes de fazê-lo eram mortos a sangue frio. Segundo omesmo jornal, o grupo que invadiu o local pela entrada principal seguiu logo depois aos andares superiores do shopping.

As imagens das câmeras de vigilância também mostram os criminosos atirando contra as portas dos banheiros, depois de supostamente terem descoberto que muitas pessoas estavam refugiadas nos sanitários. Depois, uma parte do grupo se dirigiu ao cinema do centro comercial, enquanto outra parte tomava o controle de um supermercado dentro do edifício. Em uma declaração publicada na internet, o porta-voz dos shebab, Ali Mohamud Rage, ameaçou matar os reféns diante da pressão exercida contra eles por "Israel e outros governos cristãos".

"Autorizamos os mujahedines do interior do edifício a realizar ações contra os prisioneiros", disse. Forças especiais israelenses chegaram no domingo para apoiar as forças quenianas, indicou à AFP uma fonte que pediu o anonimato. Segundo um funcionário israelense, este seria, sobretudo, um apoio logístico, e não no combate.