Washington - A empresa Halliburton foi declarada culpada nesta quinta-feira (19/9) por destruir provas relacionadas ao desastre da plataforma de petróleo Deepwater Horizon, em 2010, no Golfo do México, informou o Departamento de Justiça americano (DoJ, na sigla em inglês).
A Halliburton foi condenada à multa máxima permitida, conforme nota divulgada pelo DoJ, que não mencionou o valor. A Halliburton falou em US$ 200 mil e três anos de liberdade condicional. O Departamento de Justiça também anunciou que foi apresentada uma denúncia penal contra o ex-diretor da Halliburton Anthony Badalementi, acusando-o de destruição de provas.
"Esses anúncios marcam os últimos avanços nos esforços do Departamento de Justiça para conseguir justiça em nome de todos os afetados pela explosão da Deepwater Horizon, pelo derramamento de petróleo e pelo desastre ambiental", disse o procurador-geral dos Estados Unidos, Eric Holder, em uma nota.
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A Halliburton Energy Services construiu para a empresa British Petroleum a cofragem de cimento da plataforma Deepwater Horizon, em alto-mar, a cerca de 80 km da costa de Nova Orleans.
O acidente no poço Macondo aconteceu em 20 de abril de 2010, quando uma explosão matou onze pessoas e levou a pique a Deepwater Horizon, arrendada para a gigante britânica do petróleo BP. Além disso, causou o maior vazamento da história americana, com milhões de barris de cru derramados no Golfo do México.
A empresa fez suas próprias análises computadorizadas do acidente em maio e junho de 2010, que foram depois destruídas, segundo a Justiça. Ao todo, foram necessários 87 dias para fechar o poço fora de controle. O derramamento atingiu praias de cinco estados e paralisou o turismo da região e a indústria pesqueira.
Badalamenti, então diretor de Tecnologia de cimentação da Halliburton, pediu duas simulações computadorizadas internas do trabalho de cimentação após o acidente. As simulações foram destruídas depois.