Damasco - Os rebeldes sírios possuem mísseis e gás sarin, afirmou nesta terça-feira (/9) uma fonte dos serviços de segurança de Damasco, um dia depois da publicação de um relatório da ONU sobre um ataque com armas químicas na Síria. "Nego em 100% que tenhamos utilizado gás sarin pela simples razão de que não nos beneficiaria em nada fazer isto, pois estávamos conseguindo vitórias no campo de batalha", afirmou a fonte, que pediu anonimato.
[SAIBAMAIS]"Geralmente são os derrotados que adotam uma atitude suicida como esta. O exército estava, ao contrário, em uma posição vitoriosa", completou. Segundo a fonte, "os terroristas fabricam mísseis terra-terra em nível local e o mais provável é que os tenham utilizado para transportar este material", disse, em referência ao gás sarin. O regime utiliza o termo "terrorista" em referência aos rebeldes. Em um relatório apresentado no domingo ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, os especialistas que investigaram a situação na Síria afirmam ter encontrado "provas flagrantes e convincentes" do uso de gás sarin no massacre de 21 de agosto no subúrbio de Damasco.
A fonte do governo sírio também mencionou a descoberta de laboratórios de produção de gás sarin na cidade iraquiana de Mossul, perto da fronteira síria, uma região sunita favorável aos rebeldes. Ele disse ainda que as autoridades turcas prenderam há dois meses 11 jihadistas da Frente Al-Nusra de posse de gás sarin. De acordo com a fonte, os detidos foram liberados há dois dias. "Certamente os rebeldes sabem colocar gás sarin nas ogivas dos mísseis. Recebem treinamento dos serviços secretos americano, francês e britânico, que estão ao seu lado no campo de batalha", insistiu. "Todas estas coisas constituem provas sobre que lado usou o material", concluiu.