Washington - O ex-secretário do Tesouro americano Larry Summers se retirou neste domingo (15/9) da corrida para a sucessão de Ben Bernarke como presidente do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA).
Em nota, o presidente Barack Obama disse que aceitou a decisão de Summers de retirar sua candidatura ao cargo, em uma conversa por telefone, após semanas de especulações sobre a nomeação.
Summers aparecia como firme candidato para suceder a Bernake, apesar de ser alvo de fortes críticas por sua defesa em favor da desregulação financeira dos anos 1990, quando era secretário do Tesouro do então presidente Bill Clinton. Além de trabalhar para o então presidente Clinton no Departamento do Tesoro entre 1999 e 2001, Summers foi o conselheiro econômico de Obama nos primeiros dois anos de seu mandato.
"Larry foi um membro fundamental da minha equipe quando enfrentamos a pior crise econômica desde a Grande Depressão, e foi em grande parte com seu conhecimento, sabedoria e liderança que lutamos para voltar ao crescimento e ver o progresso que podemos observar hoje em dia", afirmou Obama neste domingo.
O economista, de 58 anos, tem uma renomada reputação em sua área, mas também é considerado temerário por muitos, um homem de personalidade forte que abre seu caminho a cotoveladas nos corredores do poder de Washington. Muitos congressistas argumentam que é necessário um presidente mais conciliador para substituir Bernanke, que deve entregar o cargo provavelmente em janeiro.
A atual vice-presidente do Fed, Janet Yellen, aparece como a principal concorrente de Summers para o cargo, embora a Casa Branca afirme que há outros candidatos entre os pré-selecionados.