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Presidente da França defende sanções como segundo plano para Síria

François Hollande rejeitou as críticas de que estaria 'a reboque' dos Estados Unidos, afirmando que seu país é 'soberano'

Paris - O presidente francês, François Hollande, declarou neste domingo (15/9) que o acordo para a destruição do arsenal químico sírio é "uma etapa importante, mas não uma meta", ressaltando que é preciso considerar a possibilidade de sanções ao regime, em caso de descumprimento das regras.

[SAIBAMAIS]Ele fez essas declarações em uma entrevista à televisão TF1 sobre o acordo entre russos e americanos fechado no sábado.

Não se descartam sanções à Síria, "se não for aplicado o acordo" para destruir seu arsenal químico. Por isso, defendeu Hollande, é preciso manter a "opção militar" contra o regime de Bashar al-Assad sobre a mesa.

A ONU pode adotar uma resolução, aprovando o acordo "esta semana", acrescentou.

Hollande e o ministro francês das Relações Exteriores, Laurent Fabius, vão se reunir na segunda-feira, em Paris, com os chefes das diplomacias dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha, John Kerry e William Hague. "Vamos preparar a próxima resolução do Conselho de Segurança" da ONU sobre esse acordo, explicou.

O presidente da França, único país ocidental a se unir a Washington por um ataque militar ao regime sírio, rejeitou as críticas de que estaria "a reboque" dos Estados Unidos, afirmando que seu país é "soberano".