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Barack Obama condena ataque químico, mas dá chance à diplomacia

O presidente declarou também que é cedo para saber se o plano russo para neutralizar as armas sírias dará certo

Washington - O presidente dos EUA, Barack Obama, denunciou em discurso nesta terça-feira (10/9) o que chamou de "repulsivo" ataque de armas químicas por parte das forças sírias, na periferia de Damasco, mas admitiu aguardar o resultado dos esforços diplomáticos antes de uma ação militar.

"O que ocorreu com esta gente, com essas crianças, não foi apenas uma violação da lei internacional, mas também uma ameaça à nossa segurança (...) porque se não agirmos, o regime de (presidente sírio, Bashar al) Assad não verá razões para deixar de utilizar armas químicas". "Quando ditadores cometem atrocidades, eles dependem do mundo para olhar na outra direção até que essas horripilantes imagens desapareçam da memória", declarou o presidente, em defesa de uma ação militar.



"Falei com os líderes de dois dos nossos mais próximos aliados - França e Reino Unido - e trabalharemos juntos em consultas com Rússia e China para levar adiante uma resolução do Conselho de Segurança da ONU pedindo a Assad que entregue suas armas químicas, para que sejam destruídas sob controle internacional". "Também daremos aos inspetores da ONU a oportunidade de reportar suas impressões sobre o que ocorreu em 21 de agosto (data do ataque que matou centenas de civis) e seguiremos buscando o apoio dos nossos aliados (...) que concordam com a necessidade de uma ação".

O presidente dos Estados Unidos informou ainda ter ordenado as Forças Armadas que estejam prontas para atacar a Síria, "caso a diplomacia fracasse". "Ordenei a nossos militares que permaneçam com o status atual, para manter a pressão sobre (o presidente sírio, Bashar al) Assad e ficar em posição para agir, se a diplomacia fracassar".

O presidente garantiu também que mesmo um ataque "limitado" das Forças Armadas americanas enviaria uma "mensagem" à Síria que faria esse governo pensar "duas vezes" antes de usar armas químicas. "Mesmo um ataque limitado será uma mensagem a (Bashar al) Assad que nenhuma outra nação poderá enviar. Um ataque direcionado pode fazer que Assad ou qualquer outro ditador pense duas vezes antes de utilizar armamento químico".