Bruxelas - A chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, aprovou nesta terça-feira (10/9) a proposta russa para que o regime sírio entregue seu arsenal de armas químicas e o coloque sob controle internacional, e pediu que isso seja implementado mais rápido possível. "Saúdo a proposta feita ao regime sírio de colocar seu arsenal químico sob controle internacional", afirmou Ashton em um comunicado, destacando a necessidade de "um armazenamento seguro".
"A UE está disposta a dar seu apoio a toda proposta e sua aplicação", acrescentou. Ashton também saudou a intenção da França de introduzir uma resolução no Conselho de Segurança para que esta proposta se torne efetiva. "Esperamos das autoridades sírias que assumam toda a responsabilidade para garantir que suas armas químicas estejam armazenadas em segurança, à espera de sua destruição sob uma verificação independente e que não possam cair em mãos de qualquer outro ator estatal ou não estatal", afirmou ainda.
[SAIBAMAIS]Antes desta declaração, seu porta-voz, Michael Mann, afirmou que a UE recebeu com interesse a proposta russa, mas que quer garantir que seja uma iniciativa séria, indicou um porta-voz. "Estudamos a proposta com interesse. Toda proposta que possa reduzir a violência na Síria é bem-vinda e estamos dispostos a ajudar no que for", declarou Michael Mann, porta-voz da chefe da diplomacia europeia Catherine Ashton. "A UE sempre está disposta a ajudar no processo de paz, mas temos primeiro que conhecer os detalhes da proposta para saber se é séria e se pode ser aplicada", acrescentou.
A Rússia propôs na segunda-feira que a Síria coloque sob supervisão internacional seu arsenal de armas químicas, uma ideia bem recebida pela ONU e por muitos países, incluindo a própria Síria. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, considerou na segunda-feira "potencialmente positiva" a proposta da Rússia, embora tenha estimado que a mesma responde à ameaça de ataques militares. A ideia da Rússia levou ao adiamento da votação prevista para quarta-feira no Senado americano sobre o plano de Obama de realizar ataques limitados na Síria.
Por sua vez, a UE anunciou que desbloqueava uma parcela da ajuda de 58 milhões de euros para que o Líbano possa enfrentar o fluxo de refugiados sírios. O Líbano é o país mais afetado pela crise. Segundo um relatório recente do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR), de um total de mais de dois milhões de refugiados, o Líbano recebeu 720.00