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Provas sugerem que exército sírio usou armas químicas, segundo organização

Um relatório de 22 páginas publicado pela organização de defesa dos direitos humanos conclui que as provas obtidas "sugerem fortemente" que o exército do presidente Bashar Al-Assad executou o ataque

Nova York - As forças governamentais sírias são muito provavelmente as culpadas pelo ataque letal com armas químicas do mês passado que matou centenas de pessoas, afirmou a organização de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch. Um relatório de 22 páginas publicado pela organização conclui que as provas obtidas "sugerem fortemente" que o exército do presidente Bashar Al-Assad executou o ataque.

[SAIBAMAIS]A HRW divulgou suas conclusões depois de analisar os depoimentos de testemunhas sobre os ataques com foguetes em Ghouta em 21 de agosto, informações sobre a provável fonte dos ataques, os vestígios físicos das armas utilizadas e os sintomas médicos das vítimas. "Estas provas sugerem que as tropas do governo sírio lançaram foguetes que transportavam ogivas químicas contra os subúrbios de Damasco nesta terrível manhã", afirma o documento da HRW.



O governo dos Estados Unidos afirma que mais de 1.400 pessoas, incluindo 400 crianças, foram vitimadas no ataque químico. O presidente americano Barack Obama ameaçou o regime sírio com ataques militares punitivos. Outras estimativas apontam um balanço de centenas de vítimas. Os países ocidentais e a Liga Árabe condenaram o suposto ataque e afirmaram que era um crime de guerra. Também acusaram o regime de Assad, que nega a autoria da ação.