Segundo uma pesquisa do jornal Washington Post, 224 dos 433 membros da Câmara de Representantes eram contra ou pensavam de maneira negativa sobre uma ofensiva militar, outros 184 estavam indecisos e apenas 25 manifestavam apoio à intervenção. O ceticismo também prevalece entre a população.
Uma pesquisa do instituto Gallup mostra que 51% dos americanos rejeitam um ataque contra a Síria, enquanto 36% apoiam a medida, um resultado muito abaixo dos registrados antes das guerras do Golfo em 1991, Kosovo (1999), Afeganistão (2001) e Iraque (2003). "Isto não foi apenas um ataque direto contra a dignidade humana; é uma ameaça séria para nossa segurança nacional", disse Obama.
"Não responder a este ataque escandaloso aumentaria o risco de ver novamente usadas armas químicas, de vê-las cair nas mãos de terroristas que poderiam utilizá-las contra nós e isto enviaria uma mensagem desastrosa aos demais países, de que o uso deste tipo de armas não teria consequências", advertiu.
Em seu programa semanal de rádio, o presidente americano recordou que como comandante em chefe, decidiu na semana passada que os Estados Unidos deveriam atacar a Síria e punir o regime de Assad. No entanto, solicitou o respaldo dos legisladores para a decisão. "Nosso país será mais forte se atuarmos todos juntos e nossas ações serão mais eficazes. Por isto pedi aos membros do Congresso que debatam o tem a votem a favor do uso da força".
Obama insistiu ainda que o ataque que planeja não é uma intervenção sem fim". "Isto não seria outro Iraque ou outro Afeganistão. Não teríamos soldados americanos em terra. Qualquer ação que iniciemos seria limitada, tanto no tempo como no alcance, e estaria destinada a impedir o governo sírio que utilize gás contra seu próprio povo outra vez, assim como suas capacidades para fazê-lo", completou.
"Sei que os americanos estão cansados após uma década de guerra, apesar da guerra no Iraque estar encerrada e da guerra no Afeganistão estar perdendo força. Por isto não estamos colocando nossos soldados no meio da guerra dos outros", acrescentou. Obama pretende discursar aos americanos na terça-feira sobre o tema.