Cairo - A promotoria egípcia apresentou neste sábado (07/9) uma nova acusação - ofensa aos juízes - contra o presidente islamita Mohamed Morsy, destituído há dois meses pelo exército e que está detido à espera do julgamento.
Na semana passada, Morsy, o primeiro chefe de Estado eleito democraticamente na história do Egito e que permanece detido pelo exército em um local secreto, foi acusado de "incitação ao assassinato" de sete manifestantes, que morreram em 5 de dezembro nas grandes manifestações da oposição que o acusavam de querer islamizar o país.
O presidente será julgado em uma data que ainda será determinada ao lado de outros 14 dirigentes do movimento islamita Irmandade Muçulmana. A nova acusação contra Morsy é "ter insultado 22 juízes com a acusação de fraude nas eleições legislativas de 2005", vencidas pelo Partido Nacional Democrático (PND) do ex-presidente Hosni Mubarak, informa a agência Mena.
Neste sábado, o esquadrão antibombas desativou um artefato explosivo em uma ferrovia do norte do Egito, cenário de distúrbios desde a queda de ve o início da repressão dos islamitas.
A bomba de fabricação caseira foi desativada na via que liga a cidade de Suez com Ismailia, às margens do canal de Suez, informaram fontes das forças de segurança. A bomba tinha como alvo um trem que passaria pelo local às 6h. Habitantes da cidade de Abu Aref viram o artefato e chamaram o exército.
Na quinta-feira, o ministro do Interior, Mohamed Ibrahim, escapou ileso de um atentado com carro-bomba no Cairo e advertiu para o risco de uma "onda de terrorismo".