;Há várias decisões que tomo que são impopulares, mas é o que se há para fazer;, disse, ao reconhecer que ações desse tipo, envolvendo operações militares, são sempre impopulares. ;Fui eleito para acabar com uma guerra, e não para começar outras. Mas tenho o dever da proteção, e há tempos difíceis se quisermos defender aquilo que acreditamos;, acrescentou.
Segundo ele, o uso de armas químicas é uma ameaça à segurança global, principalmente para países vizinhos como Turquia e Israel. "Há riscos de essas armas caírem nas mãos de terroristas", alertou. Apesar de não confirmar se fará ou não o ataque, Obama disse ter condições para uma intervenção ;hoje, amanhã ou daqui a um mês;.O presidente norte-americano acrescentou que continuará a contatar líderes mundiais ;para tomar as ações necessárias;, e pediu união contra o uso de armas químicas pelo regime de Assad.
Também da Rússia, a presidenta Dilma Rousseff havia informado, anteriormente, que o Brasil não reconhece qualquer ação militar na Síria sem que haja aprovação das Nações Unidas.
Segundo Obama, ;a conferência foi unânime à ideia de que armas químicas foram usadas, e a maioria dos presentes está aceitando e concordando que o governo de Assad é o responsável pelo uso delas. Isso, claro, foi questionado por [Vladimir] Putin [presidente da Rússia, país contrário a qualquer ataque à Síria];, disse Obama.
A conversa com o presidente russo foi ;tranquila e construtiva;, segundo Obama, e não abrangeu a questão do asilo dado pela Rússia a Edward Snowden, ex-funcionário de uma empresa terceirizada que prestava serviços para a Agência Nacional de Segurança norte-americana (NSA) e principal responsável pelas denúncias de espionagem pelo governo norte-americano.
;Temos uma relação muito direta [com Putin]. Discutimos a questão da Síria. Foi citado que em todos os pontos de interesse comum, teremos de trabalhar de forma conjunta;, disse o presidente dos EUA.