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EUA não devem ser espectadores do massacre na Síria, diz Kerry

Kerry defendeu fervorosamente ataques punitivos à Síria, depois que o presidente Barack Obama adiou a decisão sobre uma ação militar até obter a aprovação do Congresso



"Nem nosso país, nem nossa consciência podem se permitir o custo do silêncio", defendeu Kerry. "Nos pronunciamos contra esse horror inenarrável. Agora, devemos agir", acrescentou.

Kerry defendeu fervorosamente ataques punitivos à Síria, depois que o presidente Barack Obama adiou a decisão sobre uma ação militar até obter a aprovação do Congresso. O regime sírio é acusado de usar armas químicas.

O chefe da diplomacia americana, que acaba de defender diante dos legisladores a decisão do presidente Barack Obama de realizar ataques limitados contra a Síria, também enviou uma mensagem ao Irã, um dos maiores aliados de Damasco.

"O Irã espera que vocês olhem para o lado. Nossa falta de ação certamente daria a eles (Irã) a permissão para, no mínimo, interpretarem de maneira errada nossas intenções, e até colocá-las a prova", advertiu Kerry.

Já o secretário de Defesa, Chuck Hagel, explicou que os objetivos de uma ação militar serão "reduzir a capacidade" do regime sírio de praticar outros ataques químicos e "dissuadi-lo" de recorrer novamente a seu arsenal.

"Acreditamos que podemos alcançar (esses objetivos) com uma ação militar de duração e alcance limitados", afirmou, lembrando que não se trata "de resolver o conflito na Síria por meio da força militar direta", acrescentou.

Um manifestante pacifista atrapalhou rapidamente a audiência de ambos os secretários na comissão do Senado. O homem, vestido de rosa, foi expulso enquanto gritava para Kerry que o secretário-geral da ONU, "Ban Ki-moon, disse não à guerra (...). Os americanos não querem isto".