Paris - O presidente francês, François Hollande, que se mostrou determinado a atacar imediatamente a Síria, sofre uma pressão cada vez maior, forçado a esperar pela boa vontade de seu aliado americano e enfrentando uma crescente contestação dos opositores, que cobram uma votação no Parlamento. Criticado em termos de política interna por ser muito consensual, o presidente francês se revelou um verdadeiro senhor da guerra no Mali e na Síria, onde defende uma ação para "punir" o regime de Bashar al-Assad.
Uma votação só é necessária, se a duração da intervenção exceder quatro meses, como foi o caso no Mali. O ministro do Interior, Manuel Valls, foi mais longe, afirmando: "Não vamos mudar a Constituição em função dos acontecimentos". "O gabinete presidencial deve ser preservado", insistiu.
A Síria já representa um confronto político. O chefe do Partido Socialista, Harlem Désir, denunciou um "espírito de Munique" entre os líderes da oposição, em uma alusão ao Acordo de Munique, que viu franceses e britânicos cederem às exigências territoriais de Hitler na Tchecoslováquia, em 1938. Essas observações foram consideradas "desprezíveis" por Christian Jacob, líder da UMP.