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Unasul discute posição comum diante de intervenção militar na Síria

A maioria dos países da Unasul está de acordo em rejeitar o ataque

Paramaribo - Os chanceleres da Unasul analisaram nesta quinta-feira, no Suriname, uma posição comum diante da eventual intervenção militar dos Estados Unidos na Síria, que será objeto de uma declaração na reunião presidencial do bloco, prevista para sexta.

"Falamos sobre o tema da Síria, mas os chefes de Estado discutirão mais sobre isto amanhã e farão uma declaração comum", disse à AFP o chanceler do Suriname, Winston Lackin, anfitrião do encontro.

Os chanceleres dos 12 países da Unasul expuseram sua posição sobre um ataque que parece iminente durante uma reunião em Paramaribo, prévia à cúpula dos chefes de Estado. O chanceler venezuelano, Elías Jaua, encaminhou a seus colegas "uma resolução especial (...) sobre os princípios básicos de não intervenção nos assuntos internos dos países, de não intervenção militar e de solução pacífica dos conflitos".

A maioria dos países da Unasul está de acordo em rejeitar o ataque, que os Estados Unidos justificam como um meio de se evitar que o regime de Bashar al-Assad volte a utilizar armas químicas contra civis. A Argentina, que exerce a presidência temporária do Conselho de Segurança das Nações Unidas, propôs a "possibilidade de uma intervenção humanitária, sem objetivos ou meios militares, com o mandato" da ONU.

Na quarta-feira, o Brasil exigiu o aval das Nações Unidas para a realização de qualquer ataque. Venezuela, Equador e Bolívia se manifestam há dias contra um ataque à Síria. Os chanceleres também abordaram outros temas, como a reforma integral dos estatutos da Unasul, para "ver como podem se tornar mais efetivos", explicou à AFP o chanceler do Suriname.

"Não podemos permitir que a Unasul seja governada por uma burocracia institucional, como já ocorreu com outros organismos internacionais", declarou Jaua durante a reunião. A Unasul "nasceu para ser inovadora, grande, não burocrática, com os velhos costumes dos organismos internacionais". A cúpula de Paramaribo também marcará a volta do Paraguai à Unasul, um ano e dois meses após sua saída devido ao impeachment ;relâmpago; do presidente Fernando Lugo.