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Assad desafia Ocidente e Parlamento britânico compromete planos de Cameron

"A Síria se defenderá contra qualquer agressão e as ameaças não fazem mais que aumentar seu apego a seus princípios e a sua independência", declarou Assad

O presidente sírio, Bashar al-Assad, desafiou nesta quinta-feira (29/8) as potências ocidentais que aventam uma intervenção militar contra seu país, mas o governo britânico sofreu uma derrota com a rejeição por parte do Parlamento de uma moção que abria caminho para uma participação do Reino Unido em uma ação armada.

"A Síria se defenderá contra qualquer agressão e as ameaças não fazem mais que aumentar seu apego a seus princípios e a sua independência", declarou Assad.

A comunidade internacional continua em compasso de espera para tomar uma decisão sobre uma operação militar de represália contra Damasco. No entanto, o governo britânico sofreu nesta quinta-feira um revés que compromete sua intenção de participar de uma ação armada, caso seja confirmado que as forças sírias utilizaram armas de destruição em massa contra civis.



De forma surpreendente, o Parlamento britânico rejeitou nesta quinta-feira (29/8) uma proposta do governo do primeiro-ministro David Cameron que abria a porta para uma resposta militar contra o regime sírio por um ataque químico. "Está claro que o Parlamento britânico não quer uma ação militar britânica", disse Cameron após a votação. "E o governo atuará em consequência disso", acrescentou.

A moção do governo foi rejeitada por 285 deputados e aprovada por 272. A desaprovação não veio apenas dos opositores, mas também da própria coalizão governamental conservadora-liberal, que conta com 359 dos 650 assentos da Câmara dos Comuns.

O resultado foi saudado com uma estrondosa ovação pelos deputados, que chegaram a ser repreendidos pelo presidente da Câmara.