A ONU pediu formalmente ao governo sírio autorização para que seus especialistas investiguem as denúncias do uso de armas químicas na periferia de Damasco, e declarou que espera "receber rapidamente uma resposta positiva".
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, também decidiu enviar a Damasco sua representante para a questão do desarmamento, Angela Kane, anunciou nesta quinta-feira seu porta-voz adjunto, Eduardo del Buey.
Após uma primeira visita de Kane à capital síria, o regime de Bashar al-Assad decidiu no final de julho autorizar que uma equipe da ONU investigasse outros três locais que haviam sido cenários de ataques com armas químicas.
Ban "considera que os incidentes de ontem (quarta-feira) devem ser investigados imediatamente", declarou o porta-voz.
O secretário-geral "pede que a missão (de inspetores), atualmente em Damasco receba a autorização e acesso necessários para investigar rapidamente o incidente ocorrido na manhã de 21 de agosto". "Um pedido formal é transmitido ao governo sírio e (Ban) espera receber uma resposta positiva rapidamente", acrescentou o porta-voz.
Ban "reitera o seu apelo para que cessem as hostilidades para que a ajuda humanitária seja entregue com urgência" ao povo sírio.
O porta-voz se recusou a dar detalhes sobre a próxima visita de Kane à Síria.
De acordo com funcionários da ONU, o chefe da missão de inspetores, o sueco Aake Sellstrom, iniciou as negociações com as autoridades sírias para visitar o local do último ataque.
O Conselho de Segurança respaldou na quarta-feira o pedido de investigação da ONU, destacando que o incidente deve ser esclarecido por uma "investigação completa, imparcial e rápida."
A oposição síria acusa as forças do governo de terem matado centenas de pessoas no subúrbio de Damasco usando gases tóxicos.