Bagdá - O Iraque executou 17 pessoas consideradas culpadas por "atividades terroristas", apesar dos apelos da comunidade internacional por uma moratória sobre a pena capital, anunciou o ministério da Justiça. As execuções são as primeiras anunciadas desde o ataque de 22 de julho de um grupo ligado à Al-Qaeda contra duas prisões no Iraque, que permitiu a fuga de mais de 500 detentos, incluindo dirigentes da rede terrorista.
O ministério não revelou a data das execuções. Dezesseis executados foram condenados à pena capital em virtude do artigo 4 da legislação sobre terrorismo, segundo um comunicado do ministro da Justiça, Hasan al-Shamari. Os crimes atribuídos ao 17; executado não foram revelados.
Um condenado era egípcio e os demais iraquianos. No Iraque, geralmente os condenados à morte são enforcados. As novas execuções elevam a 67 o número de pessoas executadas desde o início do ano, segundo um balanço da AFP com base em em dados divulgados pelas autoridades.
No ano passado, o Iraque executou 129 condenados. A ONU e várias organizações de defesa dos direitos humanos, como Anistia Internacional e a Human Rights Watch, apelam às autoridades iraquianas por uma moratória da pena capital, mas o governo recusa os pedidos.