Quase 1.000 pessoas chegaram a permanecer no interior da mesquita, segundo um dos islamitas, mas o número não pôde ser confirmado por uma fonte independente.
O confronto violento acontece no quarto dia de sangrentos distúrbios entre as forças de segurança, que receberam autorização de usar armamento letal contra os manifestantes hostis, e partidários do presidente islamita deposto Mohamed Mursi.
A agência de notícias estatal MENA informou que homens armados abriram fogo do interior da mesquita Al-Fath, enquanto imagens ao vivo exibidas pela televisão mostravam disparos do exterior em direção ao minarete.
A polícia conseguiu retirar à força pelo menos sete homens da mesquita, no início de um ataque ao local, mas a multidão de moradores agrediu os simpatizantes de Mursi com pedaços de pau e barras de ferro.
[SAIBAMAIS]
Os confrontos entre as forças de segurança e manifestantes islamitas deixaram nas últimas 24 horas 173 mortos no Egito, após a convocação dos partidários de Mursi para uma "sexta-feira da ira", informou o governo neste sábado. Os confrontos registrados durante a "sexta-feira da ira" também deixaram 1.330 feridos.
O filho de Mohamed Badie, Guia Supremo da Irmandade Muçulmana do Egito, morreu ao ser atingido por tiros nos confrontos de sexta-feira entre manifestantes e as forças de segurança no Cairo, informou o movimento neste sábado. "Ammar, filho de Mohamed Badie, o Guia Supremo da Irmandade Muçulmana, morreu ao ser atingido por munição letal no massacre de ontem na Praça Ramsés da capital", afirma um comunicado do movimento.
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Além disso, o irmão do líder da Al-Qaeda, Ayman al-Zawahiri, foi detido neste sábado no Egito por "apoio" ao deposto presidente islamita Mohamed Mursi, anunciaram fontes dos serviços de segurança. Mohamed al-Zawahiri, egípcio que mora no Cairo, foi detido em Guizeh, subúrbio da capital, segundo as fontes, que pediram anonimato.