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Chefe da diplomacia pede que União Europeia tome medidas sobre o Egito

Mais cedo, o presidente francês, François Hollande, e Merkel defenderam um "consenso urgente" na Europa sobre a crise

Bruxelas - A chefe da diplomacia europeia Catherine Ashton pediu nesta sexta-feira (16/8) aos Estados membros da União Europeia (UE) que tomem medidas apropriadas que resolvam a situação no Egito. "Estou em contato permanente com os ministros das Relações Exteriores da União Europeia e pedi aos Estados membros que debatam e coordenem as medidas apropriadas que devem ser tomadas pela União Europeia em resposta à situação no Egito", declarou Ashton em um comunicado.

. Em uma conversa telefônica, os dois defenderam o fim imediato da violência, segundo um comunicado da presidência. Também pediram um consenso urgente europeu e solicitaram uma reunião rápida dos ministros das Relações Exteriores da União Europeia, na próxima semana.



[SAIBAMAIS]Os partidários do presidente islamita deposto Mohamed Morsy voltaram às ruas nesta sexta-feira (16) para protestar pela violenta desocupação de acampamentos de simpatizantes de Morsy na chamada , convocada pela Irmandade Mulçumana. Pelo menos 12 mortes foram registradas hoje, segundo um balanço do ministério da Saúde. A "Aliança contra o Golpe de Estado", uma coalizão que apoia Morsy, afirmou que pelo menos 25 pessoas morreram apenas na praça Ramsés, no centro do Cairo, principal ponto de encontro dos manifestantes islamitas.

As autoridades egípcias, designadas pelo exército, autorizaram a polícia a abrir fogo contra os manifestantes que atacarem bens públicos ou as forças de segurança. Na quarta-feira (14/8) a violenta desocupação dos acampamentos de simpatizantes do presidente deposto, derrubado pelo exército em 3 de julho, e os posteriores confrontos deixaram centenas de mortos.